Total de visualizações de página

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O óbito de Josefa Clara Lessa

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Até o momento não encontramos o óbito do capitão João Martins Ferreira. Entretanto, achamos o de sua esposa Josefa Clara Lessa, que foi sepultada na Capela de Nossa Senhora da Conceição de Macau. Pelo documento se vê que em 1851, o capitão já era falecido.


No registro acima está escrito:
Aos 12 de março de 1851, foi sepultada na Capela de Macau, de grades acima, a adulta Josefa Clara Lessa, branca, viúva do finado João Martins Ferreira, com 66 anos de idade, amortalhada em preto, e encomendada pelo Reverendo Silvério Bezerra de Menezes; do que fiz esta termo em que assinei, Felis Alves de Sousa, Vigário Colado de Angicos.

Na sequência tem o óbito de uma filha de Manoel Alves da Silva e Josefa Martins Ferreira. Está última, suspeito que era a filha do Major José Martins Ferreira, que nasceu na Ilha de Manoel Gonçalves.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Um Pinto Martins na Ilha de Manoel Gonçalves

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Neste registro o capitão João Martins Ferreira volta a ser padrinho no ano de 1832, na Ilha de Manoel Gonçalves. Desta vez foi apadrinhar uma filha de Tomas Pinto Martins.

Maria, filha legítima de Tomás Pinto Martins e Josefa Florinda Pessoa, naturais do Assú, nasceu aos quinze de junho de mil oitocentos e trinta e dois, e foi batizada aos dezoito do dito mês e ano, pelo Padre Frei Antonio de Jesus Maria Lobo, de minha licença, no Oratório de Nossa Senhora da Conceição de Manoel Gonçalves, e lhe conferiu os sagrados óleos; foram padrinhos João Martins Ferreira, casado, e Maria Magdalena, viúva, todos desta Freguesia do Assú, e para constar fiz este assento em que me assinei, Joaquim José de Santa Anna, Pároco do Assú.

João Martins Ferreira, Josefa Clara Lessa e Antonio Caetano Monteiro

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Em 1810, quando se fazia o levantamento dos bens do inventário de Domingos Affonso Ferreira e de sua esposa, quem vivia na Ilha de Manoel Gonçalves era José Álvares Lessa, que era, também, o representante do tenente-coronel Bento José da Costa. Um das pessoas escaladas para fazer a avaliação dos bens foi Antonio Caetano Monteiro. No registro a seguir vamos encontrar o capitão João Martins Ferreira e sua esposa Josefa Clara Lessa apadrinhando uma filha de Antonio Caetano.

Maria, filha legítima de Antonio Caetano Monteiro e Josefa Ferreira de Melo, naturais do Assú, nasceu aos três de fevereiro de mil oitocentos e trinta e dois, e foi batizada aos quatro do dito mês e ano, por mim, na Matriz de São João Baptista do Assú, e lhes conferi os sagrados óleos. Foram padrinhos João Martins Ferreira e Josefa Clara Lessa,  por seus procuradores Luis da Fonseca Silva e Florinda Saraiva Monteiro, solteiros, todos deste Assú. E para constar fiz este assento, em que me assinei, Joaquim José de Santa Anna, Pároco do Assú.


José, de Manoel José Fernandes e Anna Martins Ferreira

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Há muitas controvérsias sobre o ano em que o cruzeiro foi da Ilha de Manoel Gonçalves para Macau, como também quando a Ilha foi totalmente coberta pelo mar. Aquela imagem de Nossa Senhora da Conceição que foi da Ilha para Macau, pode ter ocorrido muito depois do ano de 1832. O registro a seguir é do batismo de um neto do capitão João Martins Ferreira, que ocorreu na Ilha, no ano de 1832. Vejamos.

José, filho legítimo de Manoel José Fernandes, Europeu, e Anna Martins Ferreira, natural do Assú, nasceu aos vinte e um de julho de mil oitocentos e trinta e dois, e foi batizado aos vinte e nove do dito mês e ano, pelo padre Frei Antonio de Jesus Maria Lobo, de minha licença, no Oratório de Nossa Senhora da Conceição de Manoel Gonçalves, e lhes conferiu os sagrados óleos:forma padrinhos João Martins Ferreira  casado, todos deste Assú. E para constar fiz este assento em que me assino, Joaquim José de Santa Anna. Pároco do Assú.

No registro só aparece um padrinho, justamente o avô. É pena que os responsáveis pelos registros economizassem nas informações, apesar das constantes recomendações dos padres visitadores. 

João Martins Ferreira e Josefa Clara Martins

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Em artigo postado anteriormente, alertávamos quanto aos nomes que se repetem. Lembramos que alguns moradores da Ilha de Manoel Gonçalves passaram para Macau e, depois, foram para Cacimbas do Viana, hoje, pertencente a Porto do Mangue. Meus tetravós, que viveram na Ilha de Manoel Gonçalves, e fazem parte dos primeiros povoadores de Macau, eram João Martins Ferreira e Josefa Clara Lessa. No registros abaixo, vamos encontrar o casamento de pessoas com nomes parecidos com os deles. A falta dos nomes dos pais dos nubentes dificulta descobrir quem eram, na verdade. Eram parentes, mas não há a informação do grau. 

Aos três horas da tarde do dia vinte e sete de novembro de mil oitocentos e cinquenta e um, no Sítio das Cacimbas, o Reverendo Coadjutor, Elias Barbalho Bezerra, de licença minha, uniu em matrimônio  e deu as bençãos nupciais, aos nubentes João Martins Ferreira e Josefa Clara Martins, que se achavam dispensados no parentesco de consanguinidade, serem naturais desta freguesia:servatis servandis; e presenciaram as testemunhas, o coronel Manoel Lins Wanderley, e tenente Francisco Lins Wanderley, casados, e para constar, mandei fazer este termo de assento, em que assinei. Manoel Januário Bezerra Cavalcanti, Vigário Colado do Assú.

Manoel dos Santos Malaquias e Felippa Maria da Conceição

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Nossas postagens não seguem nenhuma ordem cronológica. Este registro, abaixo, aconteceu na Capela de Nossa Senhora da Conceição de Macau. Observe que mantiveram a mesma invocação da Ilha de Manoel Gonçalves. Uma questão ainda não resolvida é quanto ao ano que faleceu o capitão João Martins Ferreira. Achamos, que foi entre 1840 e 1850. Assim, quando aparecer João Martins Ferreira depois disso, deve ser um filho, ou neto. Outro detalhe é que alguns registros de Assú, depois de certo tempo, vem sem os nomes dos pais dos nubentes.

Aos vinte e cinco de setembro de mil oitocentos e cincoenta e três, por dez horas do dia, na Capela de Nossa Senhora da Conceição de Macau, o padre Ignácio Damaso Correia Lobo, de minha licença,  uniu em matrimônio, logo abençoou aos contraentes, meus fregueses Manoel dos Santos Malaquias, e Felippa Maria da Conceição, servatis servandis; foram testemunhas Manoel Alves da Silva e João Martins Ferreira, casados, do que fiz este termo que assinei. Manoel Jerônimo Bezerra Cavalcanti. Vigário Colado do Assú.


Gonçalo Barbosa de Moura e Maria Francisca da Conceição

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

No registro abaixo, esqueceram de colocar os nomes dos pais da noiva. As testemunhas foram José Martins Ferreira, filho do capitão João Martins Ferreira, e Pedro Álvares Ferreira, que suspeito ser, também, da família do capitão.

Aos onze dias do mês de Agosto de mil oitocentos e vinte e quatro, pelas onze horas da manhã, na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Ilha de Manoel Gonçalves, em minha presença, e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes, Manoel Barbosa de Andrade e Maria Francisca da Conceição, meus fregueses: o esposo tem de idade trinta e seis anos, filho legítimo de Gonçalo Barbosa de Moura e Catharina Maria de Jesus: a esposa de vinte anos, naturais e moradores no Assú, onde se fizeram as denunciações nupciais, sem impedimento; e logo lhes dei as bençãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas Pedro Álvares Ferreira e José Martins Ferreira, solteiros, todos deste Assú. E para cosntar fiz este assento que me assinei. Joaquim José de Santa Anna, Pároco do Assú. Os nubentes eram pardos.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

João José e Francisca dos Santos

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

No registro a seguir, uma das testemunhas, João Teixeira da Silva, morava em Muriú, Ceará-mirim. O nubente não tem sobrenome, embora o pai seja um Ximenes de Amorim. Aparecem outros sobrenomes como Cabral, do pai da noiva, e Calheiros de uma das testemunhas.


Aos onze dias do mês de agosto de mil oitocentos e vinte e quatro, pelas 11 horas da manhã, na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Ilha de Manoel Gonçalves, em minha presença e das testemunhas, abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes, João José e Francisca dos Santos, meus fregueses: o esposo tem de idade vinte e cinco anos, filho legítimo de José Ximenes de Amorim e Ritta Izabel de Jesus: a esposa, de idade de vinte e dois anos, filha legítima de Tomas Cabral e Anna Joaquina, naturais e moradores neste Assú, onde se fizeram as diligências nupciais, sem impedimento, e logo lhes dei as bençãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas, João Teixeira da Silva, casado, morador em Muriú de Ceará-mirim e Antonio Correa Calheiros, viúvo, morador no Assú, todos desta Freguesia de São João Baptista do Assú, e para constar fiz este assento em que me assinei, Joaquim José de Santa Anna, pároco do Assú.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Joaquim Francisco Bras de Araújo e Vicência Maria

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Esse casamento de 1824, traz como uma das testemunhas Bento José da Costa, pessoa com o mesmo nome do dono de terras do sertão do Assú, que incluía a Ilha de Manoel Gonçalves. Não há nenhuma referência no registro sobre quem poderia ser essa pessoa. Nesse casamento, novamente aparece como testemunha Ignácio Teixeira de Barros. Além disso, celebrado pelo pároco do Assú, Joaquim José de Santa Anna.
Outra observação que faço é sobre os livros da Freguesia do Assú que desapareceram. Quantas informações importantes teríamos, se eles ainda existissem. Pior do que isso, são os livros de inventários e compras de terras, antigos que estão, dia a dia, desaparecendo. As informações históricas de velhos municípios do Rio Grande do Norte, presentes em alguns sites,  contem erros, por falta de conhecimentos dos seus informantes. Uma lástima. Quem está, verdadeiramente, cuidando de nossa História e da nossa Cultura?

Aos quatorze dias do mês de outubro de mil oitocentos e vinte e quatro, pelas oito horas da manhã, na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Ilha de Manoel Gonçalves, em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes Joaquim Francisco Bras de Araújo e Vicência Maria, meus fregueses: o esposo, de idade de vinte e oito anos, filho legítimo de Francisco Bras de Araújo, já falecido, e Rosa Domingas; a esposa de vinte e cinco anos, filha legítima de José Rodrigues e Maria Egypciaca, naturais e moradores neste Assú, onde se fizeram as diligências nupciais, sem impedimento, e logo lhes dei as bençãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas Ignácio Teixeira e Bento José da Costa, casados, todos deste Assú, e para constar fiz esta assento, em que me assino. Joaquim José de Santa Ana, pároco do Assú. Os nubentes eram pardos

José Antonio da Silva e Joanna Evangelista do Nascimento

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

O casamento a seguir foi feito nos primeiros dias do ano de 1825. Os nubentes eram pardos. Nele aparece como testemunha um Teixeira de Barros.
Aos oito dias do mês de fevereiro de mil oitocentos e vinte e cinco, na Capela de Nossa Senhora da Conceição da Ilha de Manoel Gonçalves, pelas dez horas da manhã, em presença do Frei Francisco de Santa Tereza, e das testemunhas abaixo declaradas, de minha licença, se receberam por esposos presentes José Antonio da Silva e Joanna Evangelista do Nascimento, meus fregueses: o esposo tem idade vinte e dois anos, filho legítimo de Felis Ribeiro da Silva e Antônia Maria da Costa, já falecidos  a esposa de idade de vinte anos filha legítima de Francisco Vitorino do Nascimento e Maria Ritta Ferreira, todos desta Freguesia do Assú, onde se fizeram as denunciações nupciais sem impedimento; e logo lhes deu as bençãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas Ignácio Teixeira de Barros e Miguel Pereira, casados, todos deste Assú. e para constar fiz este assento em que me assinei. Declaro que os nubentes foram dispensados do parentesco que os ligavam. Joaquim José de Santa Ana, pároco do Assú.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Gabriel Soares de Souza e a Ilha de Manoel Gonçalves

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Tudo que for relativo à Ilha de Manoel Gonçalves traremos para esse espaço, para que sirva de subsídios para a História dessa Ilha que submergiu, mas que as autoridades públicas não dão a maior importância. Não serve nem de atrativo para o turismo potiguar. Uma lástima.

Gabriel Soares de Sousa, em seu "Tratado Descritivo do Brasil em 1587", escreveu no ítem - Em que se declara a costa do rio de Jagoarive até o cabo de São Roque -  o que se segue:
Do rio Jagoarive de que se trata acima até a baia dos Arrecifes são oito léguas, a qual demora em altura de três graus. Nesta baía se descobrem de baixa-mar muitas fontes de água doce muito boa, onde bebem os peixe-bois, de que aí há muitos, que se matam arpoando-os assim o gentio potiguoar, que aqui vinha, como os caravelões da costa, que por aqui passam desgarrados, onde acham bom surgidouros e abrigada.

Desta baía ao rio São Miguel são sete léguas, a qual está em altura de três graus e dois terços, em a qual os navios da costa surgem por acharem nela boa abrigada. Desta baía ao Rio Grande são quatro léguas o qual está em altura de quatro graus  Este rio tem duas pontas saídas para o mar, e ente uma e outra há uma ilhota, que lhe faz duas barras, pelas quais entram navios da costa. Defronte deste rio se começam os baixos de São Roque, e deste Rio Grande ao cabo de São Roque são dez léguas, o qual está em altura de quatro graus e um seismo; entre este cabo e a pontoa do Rio Grande se faz um ponta a outra uma grande baía, cuja terra é boa e cheia de mato, em cuja ribeira ao longo do mar se acha muito sal feito. Defronte desta baia estão os baixos de São Roque, os quais arrebentam em três ordens, e entra-se nesta baía por cinco canais que vêm ter ao canal que está entre um arrecife e outro, pelos quais se acha fundo de duas, três, quatro e cinco braças por onde entram os navios da costa à vontade.

Nesse documento acima, ele trata como Rio Grande ao Rio Assú, pois ao Rio Potengi, chamava outro Rio Grande.

Olavo Medeiros, no livro "Aconteceu na Capitania do Rio Grande", escreveu: o Rio Grande apontado por Soares de Souza, corresponde ao rio Amargoso ou Açu, distanciado cerca de 12 lpeguas do Mossoró. A ilhota começou a submergir em 1818, possuindo a denominação de Ilha de Manoel Gonçalves. Apresentava uma extensão de seis milhas, tendo a sua extemidade oriental na confrontaçaõ do rio Amargoso, Salgado ou Açu, atingindo, pelo ocidente, as proximidades do rio das Conchas.

Não sei em que momento a Ilhota foi batizada como Ilha de Manoel Gonçalves, mas na época de Gabriel, ainda não tinha esse nome.

.